Presentación do libro: "De vida ou morte" de Maria José Castelo Lestom
o xoves día 4 de decembro ás 20 h. no salón de actos do AteneoEditado: março 2014 por Editora Humana (Galiza-Brasil)
Tráta-se de poesia intimista e reflexiva, a obra gira arredor dos sentimentos de perda, dor, vazío, mas também há esperança, capacidade de reagir e sobreviver a processos que nos somem numa profunda tristeça. está escrita em galego mas seguindo as normas do Acordo Ortográfico de 1992.
Bio-dados
Nasci em Compostela no 1977, e ali passei os primeiros anos da minha infancia, o resto desta e da minha adolescencia passou-se numa paróquia rural da costa, em Muros. Agradeço à vida me ter dado a oportunidade de poder medrar entre mar e caminos enlamados, de poder compara-los com os ríos de asfalto por onde transito agora, num dos concelhos dormitório da Corunha. Confesso que me tenho queixado muito da vida, por me ter roubado coisas (ui, que eufemismo! Melhor do que coisas, pessoas, e momentos) cuja aussência me rompera a alma. Mas hei confessar também serem as queixas injustas, pois nunca agradecí como devia quando a vida as apresentou diante minha.
Sou politóloga, mas isto é apenas nada.
Começei a escrever muito nova, sempre na narrativa. O meu achegamento à poesía foi pura necessidade num momento da minha vida onde de tao blocada nao era quem de criar frases subordinadas, e me vi na tessitura de procurar outra forma de expressao. Confesso que agora, difícilmente poderia viver sem ela.
Tive a bençao de que muitos juris escolheram os meus trabalhos para os prémios que representavam, mas nunca o tomei a sério. Alguém me di zuma vez que para escrever apenas se necessita de paciência, oficio e talento. Acho carecer das três coisas. Confesso nao ser pródiga em paciência, oficio, bom, para isto há que estar horas de mais sentada, e com respeito ao terceiro, faço para mim a mesma pergunta que faziam os Extremoduro numa das suas cançoes: A ver, si puedo comprender, que coño es el talento.
Nunca gostei das etiquetas, e se definir a uma própria muito mais complicado do que etiquetar aos outros. Quando tinha 15 anos, e já choveu, li o livro Ilusiones, de Richard Bach. Nele, o autor fazianos esta proposta: Para saber quem és, pergunta-te onde vives, em que é que trabalhas, que é que fazes, do que é que gostas. Repite estas perguntas ao longo da vida e verás como mudam as respostas. O caso é que os seres humanos nunca somos de todo, mais do que peças inacabadas, que se construem cada dia. Aquí radica a grandeça da vida…
Mas por se alguem tiver a necessidade imperiossa de saber de mim, sou anarquista, feminista, reintegracionista e decrescentista, mas ainda nenhuma destas etiquetas me define por completo pois mantenho nestes “ismos” uma posiçao própria, quando nao divergente e mesmo incómoda, a respeito da ortodoxia dominante. E defendo qualquer causa que a meu ver, possa ser justa. Sou com os movimentos anti-repressivos, com a liberaçao animal, com os indigenistas, com os povos submetidos (fica qualquer deles sem o ser?), com os movimentos pro-legalizaçao do autocultivo de cannabis, os médios de comunicaçao comunitarios, e um etc tao longo que nao vale a pena vos fazer perder o tempo.
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